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21 novembro 2008

Uma ode as baratas


Passei a odiar as baratas desde cedo, quando percebi quão cínicas elas são. Percebi que por baixo daquela carapaça meu marrom, meio vermelha, um pouco vinho com toques de ocre ouro, está sorrindo, zombando da humanidade. As baratas se vangloriam de serem maiores que os humanos, gabam-se de poder viver a ataques nucleares, e de poderem viver numa grande metrópole como São Paulo, Rio ou Nova York (vejam que contradição, eu pobre morrendo nunca fui a Londres e há baratas se alimentando de restos de Petit Gateâu ou salpicos de Creme Brulee).

Odeio as baratas por isso: são extremamente hipócritas, frias, especulam sem saber a verdade. É muito cinismo para um ser que rasteja seu exoesqueleto pelos esgotos vis, de vilas obscuras. De torpe ganância querem sempre mais, querem sempre se dar bem. Como nós humanos podemos deixar seres como esse reproduzirem como os chineses antigamente se reproduziam? Não! Está na hora de ter cotas e taxa de natalidade para essas pífias criaturas, que nem ao menos conseguimos distinguir o sexo. Serão todas as baratas transexuais? Ou são hermafroditas? Não sei, sei que já me cansei de tudo isso, e não cheguei a lugar nenhum. Mas que importa? Quem chega?

As baratas talvez...

25 outubro 2008

Sobre como os pais destroem a relação com os filhos

Andar de ônibus para muitos é sinônimo de desespero, de pobreza, de tédio, de reclamação, de contato forçado com o próximo, para mim, no entanto, o tenho algumas vezes como laboratório. Consigo extrair algumas lições, as quais tento, com muito esforço, iserir na minha cabeça.

Deixando de enrolação... Estava eu no ônibus semana passada, quando uma menina olha para o pai e diz:

-Tenha paciencia pai!.

A menina está com o irmão mais novo sentada em um banco, o pai está sentado no banco vizinho. Fiquei observando, achei interessante o jeito como a menina falou, pela lógica o pai quem devia ensinar... Passou algum tempo e a menina soltou a frase que mês fez refletir como os pais destroem o relacionamento com os filhos. A menina estava a falar alguma coisa e no meio da frase usou a palavra “foda”, o pai deu uma cotovelada na boca da filha, ela repetiu a palavra assustada. O pai irritado disse para ela não repetir. Ela argumentou que não sabia o que significava, ele não se comoveu com tal argumento, pegou o filho mais novo e abraçou fortemente, numa demostração de desprezo. A menina pôs-se de pé, a olhar pela janela do ônibus, o pai a olhava com fúria.

Assim começei a pensar como a falta de diálogo faz com que os filhos se afastem dos pais, e assim se mantenham até o fim da vida, onde ambos se arrepende da frieza com que viveram. O que custava o pai explicar que essa era uma palavra feia, que não devia ser dita, e etc e tal. E se quizesse deixar a cena ainda mais cinematográfica, no final da explicação daria um beijo na garota. Isso não occoreu.

Eles desceram. Eu segui.

* Imegem:
cantoevida.blogspot.com/2007/12/laos-ties.html

28 maio 2008

Uma plástica no nariz-de-cera

Fonte da imagem:www.eco.ufrj.br

O texto jornalístico passou por varias mudanças: gráficas, estruturais, textuais, etc. Mas uma das maiores transformações foi o surgimento do lead, que surgiu como reação ao famoso nariz-de-cera. Para quem não é da área jornalística essa é a forma mais ou menos romanceada de se começar uma notícia, sem acrescentar nenhuma informação relevante, que impede o leitor (ou receptor) de ir diretamente ao assunto da notícia.

O lead, portanto, deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre. Para muitos ele amarra o talento do jornalismo, outros o tem como uma boa ajuda.Segundo o jornalista Franklin Martins, “o lead é uma apenas uma possibilidade, não uma camisa de força”.

Para quem gosta do estilo dos primórdios do jornalismo, há quem diga que o lead está com os dias contados e que o nariz-de-cera pode voltar à ativa, com uma plástica, quem sabe...

19 maio 2008

Um conto quase erótico

Quando ali subi, não pensei que experimentaria tal prazer. Como algo de design tão simples poderia ocasionar tamanha explosão de sentimentos? Não fosse o incomodo que a rigidez ocasiona, seria tudo perfeito. Mas aí já é pedir demais...

Há quem goste de outro modo. Eu, no entanto, sou mais tradicional, prefiro sentada. Aquele vai-e- vem me é muito prazeroso. A movimentação faz o calor aumentar, o suor começa a ser exaltado pelos poros.

O esforço por vezes é tamanho que minhas pernas começam a tremer. Mas a sensação de liberdade me faz muito bem, me sinto perto das nuvens. Como adoro fazer isso.

E é assim desde os cinco anos, quando meu pai amarrou aquele pedaço de pau com uma corda na mangueira do quintal. Passava os dias sentada no balanço... Hoje, aos trinta, sinto as mesmas sensações pueris. Sei que daqui algum tempo sentirei calores que não poderão ser refrescados. Fazer o que?

13 maio 2008

Um texto precoce

Revolução Industrial, revolução feminina, liberação sexual. O mundo girando, a televisão falando, os carros engarrafados, as filas intermináveis, os leitos de hospitais cheios, e as covas dos cemitérios enchendo.

Somos todos precoces em alguma coisa. Calvície precoce, gravidez precoce, envelhecimento precoce, morte precoce, nascimento precoce, colesterol precoce, enfarte precoce, crianças precoces, viuvez precoce, menstruação precoce...

Acreditem ou não a coisa é mais séria do que a gente pensa. A história abaixo exemplifica melhor:

- Amor venha deitar que hoje estou animado!

A mulher aparece com sua camisola vermelha rendada. Começa então o que não preciso explicar...

Três segundos depois

- Foi bom pra você?-pergunta o marido
-...
Ejaculação precoce.

05 maio 2008

A primeira vez

Marie Anne era uma jovem cheia de si. Há pouco chegara da Inglaterra, viera com os pais para o Brasil em busca de uma vida melhor. Na época contava com apenas dezesseis anos. Pele extremamente alva, corpo sinuoso, e por que não dizer, provocante. Não posso afirmar que era bonita, sempre se apresentava com ares de estar constipada, feição que só era mudada quando ela sorria.

Sempre lhe contaram que coisas estranhas aconteciam nos trópicos... Desembarcou no porto de Pedra Bonita, cheia de esperanças e ilusões. Um amor quem sabe...

Na primeira noite em que dormiu abaixo do Equador uma coisa esquisita lhe aconteceu. Aquele calor fazia seu sangue pulsar, era possível ouvir o ar saído voluptuosamente pelas narinas. Sua face extremamente alva ganhou um tom rosado, quase pictórico. A constante cara de constipação deu lugar a um rosto concupiscente e lascivo. Uma gota de suor lhe escorria entre os seios. A respiração se tornava ofegante e quase insuportável. Uma inquietação não permitia que se sentisse pronta.

Caso soubesse que seria invadida de tal modo teria tomado providencias, sempre lhe falaram de coisas estranhas, mas nunca especificaram como seria.

Começou a tocar-lhe pelo rosto, descendo pelos braços, colo... Procurando o melhor lugar para dar-lhe o beijo ardente. Sentia-se incomodada, não existiria hora certa para isso acontecer. Um pouco abaixo do umbigo, encontrou o lugar favorável, não se pode dizer que sentiu dor, mas romper-lhe a pele daquele jeito. Isso não é coisa que se faça!

Decidida a dar fim aquele ato, investigou com as mãos o que ocorrera. Ao levar as mãos à luz, que entravam por uma fresta da janela, espantou-se ao ver o próprio sangue nas mãos. Não podia ser! Ultrapassara todos os limites permitidos. Como pode não ter lhe avisado?

Na manhã seguinte acordou indisposta, com o corpo mole, perece ter dormido com um macaco. Ao levar a mão ao local havia matado o mosquito, mas já era tarde, o sangue era sinal de que já havia sido picada. Era malária, sem sombra de dúvidas.

Foi a primeira vez que Anne foi picada por um mosquito. Desse dia em diante passou a dormir com mosquiteiro...

30 abril 2008

O começo do fim

"Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores". Marcos 13:8

Recentemente abalos sísmicos, em cidades do sul e sudeste do Brasil, viraram manchetes do meios de comunicação. Nosso país é conhecido por não ter catástrofes naturais: vulcões, furacões, terremotos, nenhuma dessa intempéries devastadoras. No entanto esse fato ocorrido semana passada me leva a pensar no poder da profecia.

É impressionante ver que palavras ditas a mais de dois mil anos atrás esteja se cumprindo de forma literal. Vale ressaltar que no tempo em que elas foram ditas, não havia nenhum avanço científico que permitisse a mensuração de que esses fenômenos fossem ocorrer.

Mesmo com o aumento da produção tecnológica na área de alimentos a fome continua a aumentar. Com todos os avanços científicos o numero de tribulações, pessoais ou mundiais cresceram.

E os terremotos? O que mais me assustam são os terremotos. Não estou aqui contestando a formação deles, nem dizendo que vieram do nada, as provas cientificas certamente são verdadeiras, mas dizer que esse fato não é assustador é no mínimo fechar os olhos para uma realidade iminente. Sem falar que não vivemos em zona de perigo, nosso país está no meio de uma placa tectônica, lugar de maior segurança em casos de tremores.Vale ficar de olho na profecia... De acordo com a bíblia esse seria o começo do fim!

28 abril 2008

Em defesa do analógico.

Não sei se por minha criação interiorana, ou por minha mania de sonhar, prefiro o analógico. Não consigo me acostumar com essa coisa de digital, virtual. Sei que o computador trouxe grandes mudanças e transformações, no entanto a capacidade de adaptação humana não é tão intensa como imaginávamos. Vivemos em um mundo em que o que é de verdade está sendo substituído pelo que é virtual.

Não é de nos admirar que os números de pessoas que se suicidam, que entram em depressão, ou que adquire uma doença psicossomática aumentem. O toque foi substituído pelo “abraços” no fim de e-mails ou recados no orkut. Não é necessário mais o ato, basta dizermos beijos e a pessoa obrigatoriamente tem de se considerar beijada.

Cada vez mais nos fechamos em um mundo tão limitado quanto à tela do computador.
Perdemos a noção do que seria uma ferramenta. O computador, teoricamente, é uma ferramenta que auxilia o homem a realizar certas ações, mais rápido e com maior precisão. No entanto o homem o transformou em algo sem precedentes, transferiu para a máquina o poder de pensar, de agir, de sonhar.

Podemos viver os sonhos dos outros, nos vestir como os outros se vestem, mas efetivamente não podemos ser nós mesmos. Nus e cruéis.

O absurdo é tamanho que até o sexo passou a ser virtual. Parece até piada, mas o fato é que nos tornamos tão egoístas que só o nosso prazer importa. Não que o computador seja o culpado, a responsabilidade é e sempre será do ser ao qual chamamos humano.
Sei que o digital tem algumas vantagens, mas fico com o prazer da tradição do analógico, mesmo que seja primitivo. Que importa? Há evoluções que cabem somente aos que ainda não evoluíram nada...

25 abril 2008

Jornalismo: questão de vocação

Jornalismo é questão de vocação. Aliás, para todas as profissões é necessário vocação.O que acontece de forma recorrente em nosso tempo, e principalmente no meio jornalístico, é uma escolha errada. Vários motivos se somam para que esta assim seja. A educação, ou melhor, escolarização, não prepara os jovens para a escolha profissional. Os jovens estão crescendo baseado em estereótipos, e vivendo vidas que não são suas. Aprendem logo cedo a interpretar um personagem, assim na hora em que necessitam ser alguém não sabem como se portar.

Muitas pessoas não possuem auto-crítica, e isso para o jornalismo é um dos maiores defeitos. Um jornalista que pensa estar completamente formado, na realidade talvez nunca saiba o que é de verdade ser um.

A realidade que encontramos na universidade é assustadora. Cada vez mais aumenta a evasão nos cursos de comunicação, ou então se formam profissionais sem nenhum talento, que devido ao diploma que possuem, e ao peso que este trás, passam a envergonhar a classe profissional.

Pensar em ser jornalista é pensar em se desafiar constantemente. Como dizem os mais veteranos, o jornalismo é o sangue que corre nas veias. Os cursos continuam sendo necessários, não para o nascimento de um jornalista, mas para o aperfeiçoamento. Muitos não compreendem por que há muitos profissionais ganhando pouco nessa área. Mas um fato eu sei, a mediocridade é um preço a ser pago por quem tenta ser o que não é.

22 abril 2008

Sócrates!

" SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI' " SÓ SEI QUE NADA SEI'