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25 outubro 2008

Sobre como os pais destroem a relação com os filhos

Andar de ônibus para muitos é sinônimo de desespero, de pobreza, de tédio, de reclamação, de contato forçado com o próximo, para mim, no entanto, o tenho algumas vezes como laboratório. Consigo extrair algumas lições, as quais tento, com muito esforço, iserir na minha cabeça.

Deixando de enrolação... Estava eu no ônibus semana passada, quando uma menina olha para o pai e diz:

-Tenha paciencia pai!.

A menina está com o irmão mais novo sentada em um banco, o pai está sentado no banco vizinho. Fiquei observando, achei interessante o jeito como a menina falou, pela lógica o pai quem devia ensinar... Passou algum tempo e a menina soltou a frase que mês fez refletir como os pais destroem o relacionamento com os filhos. A menina estava a falar alguma coisa e no meio da frase usou a palavra “foda”, o pai deu uma cotovelada na boca da filha, ela repetiu a palavra assustada. O pai irritado disse para ela não repetir. Ela argumentou que não sabia o que significava, ele não se comoveu com tal argumento, pegou o filho mais novo e abraçou fortemente, numa demostração de desprezo. A menina pôs-se de pé, a olhar pela janela do ônibus, o pai a olhava com fúria.

Assim começei a pensar como a falta de diálogo faz com que os filhos se afastem dos pais, e assim se mantenham até o fim da vida, onde ambos se arrepende da frieza com que viveram. O que custava o pai explicar que essa era uma palavra feia, que não devia ser dita, e etc e tal. E se quizesse deixar a cena ainda mais cinematográfica, no final da explicação daria um beijo na garota. Isso não occoreu.

Eles desceram. Eu segui.

* Imegem:
cantoevida.blogspot.com/2007/12/laos-ties.html

1 comentários:

Anônimo disse...

Tinha que aprender mesmo o que significa, para que, ao chegar na universidade, contemple o vocabulário dos pseudointelectuais....
Ainda bem que atualizaste o blog. faça dele uma ferramenta estimuladora daquilo que você precisa para consolidar-se enquanto jornalista. Abraço à la Iuri Max.