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21 novembro 2008

Uma ode as baratas


Passei a odiar as baratas desde cedo, quando percebi quão cínicas elas são. Percebi que por baixo daquela carapaça meu marrom, meio vermelha, um pouco vinho com toques de ocre ouro, está sorrindo, zombando da humanidade. As baratas se vangloriam de serem maiores que os humanos, gabam-se de poder viver a ataques nucleares, e de poderem viver numa grande metrópole como São Paulo, Rio ou Nova York (vejam que contradição, eu pobre morrendo nunca fui a Londres e há baratas se alimentando de restos de Petit Gateâu ou salpicos de Creme Brulee).

Odeio as baratas por isso: são extremamente hipócritas, frias, especulam sem saber a verdade. É muito cinismo para um ser que rasteja seu exoesqueleto pelos esgotos vis, de vilas obscuras. De torpe ganância querem sempre mais, querem sempre se dar bem. Como nós humanos podemos deixar seres como esse reproduzirem como os chineses antigamente se reproduziam? Não! Está na hora de ter cotas e taxa de natalidade para essas pífias criaturas, que nem ao menos conseguimos distinguir o sexo. Serão todas as baratas transexuais? Ou são hermafroditas? Não sei, sei que já me cansei de tudo isso, e não cheguei a lugar nenhum. Mas que importa? Quem chega?

As baratas talvez...

2 comentários:

Anônimo disse...

Primeiro, jure que você não tirou essa foto, ou corto relações; segundo, essa definição de cores para as coisas é a sua cara. por último, eu queria dizer que odeio as baratas tanto quanto você. Não vejo o porquê de elas existirem por tantos anos. Será que elas dominarão o mundo? Meda!

Unknown disse...

ahahahahah... Somente você, Michel, faria uma ode às baratas. Um texto tão bom... sobre algo tão "nojento". beijo, Aline